A obsessão dos partidos da coligação PSD / CDS e, até ver, considerando que pítias corvinas profetizam estranhos oráculos, PPM, com os anteriores Governos do PS/Açores é um dos principais motivos pelos quais aquela coligação é incapaz de avançar com uma visão de futuro para os Açores e de elencar um conjunto de desígnios que nos mobilizem como comunidade, daí que o Governo que suportam se perda na gestão comezinha, ainda por cima má, do dia a dia, consumindo-se num constante apagar de fogos com a bendita água que o Terreiro do Paço vai soltando, ao mesmo tempo que alerta que o faz "a título excecional".
Ancorados no passado, os partidos da coligação, caem no ridículo de defenderem com determinação soluções criadas pelos Governos do PS/Açores, que apesar de acertadas aquando da sua implementação, anos depois, deixaram de fazer sentido naqueles exatos termos, como é o caso, paradigmático, do vínculo contratual das amas integradas em creche familiar, onde, até o PS/Açores já evoluiu na sua posição.
Em 2016 foi fixado que o exercício de atividade de ama no âmbito das creches familiares se fazia através de contrato de prestação de serviço com a IPSS, no entanto, quase 10 anos depois, quando, entretanto, já se estabeleceu para as amas uma remuneração fixa, indexada ao salário mínimo regional, que tem em consideração 14 meses (subsídio de férias e natal), assim como, direito à interrupção da atividade durante 22 dias úteis, que têm de ser marcados, e durante os quais não perde o direito à retribuição mensal (férias pagas), é manifestamente inadequado que se continue a ficcionar que estamos perante uma prestação de serviços, quando temos todos os indícios de um contrato individual de trabalho.
O PS/Açores avançou e procurou soluções que adequavam os vínculos contratuais das amas à sua situação presente e melhoravam o seu futuro, garantindo condições para trabalhadoras, crianças e famílias, os partidos da coligação preferiram continuar agarrados ao passado apesar de grandes declarações de amor às amas. É caso para concluir: Amas, mas pouco.